sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Um mundo dentro do meu mundo



E quando eu fico sozinha parece que estou no topo do Everest, mas ao mesmo tempo flutuando na mais baixa nota musical...
É como se o mundo girasse ao meu redor, eu me sinto sozinha, talvez, posso supor, “nadando” no mais profundo oceano e ao mesmo tempo sobrevoando a exosfera com asas emplumadas. É como competir comigo mesma para chegar a lugar nenhum, pois sendo livre o tudo é nada e o nada é como a tristeza descrita nas páginas de um livro que se lê quando não há, de fato, mais nada para se fazer, ou para não fazer... E, de fato, será que liberdade existe? E o que se faz quando não se está fazendo nada? E se a matéria não passasse de poeira? E se a luz casasse com a escuridão? E se o eclipse durasse séculos? E... E... E...
E mais nada, pois no fim talvez tudo se resuma a nada e toda a vida que “vivemos” não passe de um sonho... E o que seria nada? Talvez mais complexo que tudo!Quem nunca se pegou refletindo? Toda reflexão que alguns julgam tão importante talvez não seja nada a mais que uma desculpa para não admitir que não se sabe de nada, e nem o que seja propriamente o nada.
Sendo assim, acabo sendo exatamente o que julgo de ruim e hipócrita nos outros. No meio do meu ceticismo de tentar ser o que nunca serei, se é que de fato sou alguma coisa, mais tola sou por refletir e sábia quero ser para pensar em coisas que talvez os outros não pensem, mais tola sou por pensar que sou algo e mais sábia quero ser por pensar não ser nada!

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